Wednesday, February 17, 2010

Montando Wanderson

Hoje me deu vontade de escrever um post de ano novo.
Aproveitei para ler o texto do ano retrasado
, e fiquei bem feliz com ele. É lógico que não fiz tudo que estava lá, mas fiquei com a sensação que estou indo. AS sensações começam a ser diferentes. Agora, sinto que para a frente, na maior parte das vezes.

Descobri em 2010 que meus 33 anos podem ser resumidos em uma caixa de SEDEX de papelão tamanho pequeno. Desde o final do ano passado comprei um apartamento e venho desde então tentando montá-lo. Comprei os moveis, a decoração relacionando o que eu gosto com o que poderia pagar. Mas percebi ao longo desses 5 meses, sempre que arrumava meu novo refugio, que eu não tenho mais todos os livros e CDs que comprei, e tenho apenas três pequenos souvenirs de pessoas e lugares. Queria encontrar os cartões que minha mãe me deu na adolescência e com a falta deles, tive vontade de chorar. Queria encontrar também bilhetinhos mal escritos pela minha avo. Senti falta das cartas que escrevia em códigos morrendo de medo da minha mãe ler sobre os sentimentos que tinha por outros meninos.

Tive uma idéia de decorar uma parede do meu quarto com fotos em preto e branco de uma época que não volta mais: minha infância, adolescência, das viagens que fiz e de namoradas(os) que não tive, mas também, não encontrei as fotos. Onde elas estarão?

Com a minha matricula na PUC este ano, entendi porque estava tão ansioso, entusiasmado e ansioso por esta faculdade. Não encontrei também nenhum material da faculdade anterior. Não tinha lembranças das sensações de ser aprovado no Vestibular, mas agora sinto-me adolescente pos cursinho de vestibular.

Me fez doer a falta de ursinhos de pelúcia, embora eu os odeie, de ex-namorados que não tive. Cheguei a considerar que essas lembranças ainda estão por vir.

Encontrei muito material corporativo em papel, CD e ate VHS. Parece uma espécie de premio, uma medalha. O mais importante são as revistas que fui clicado em alguns poucos prêmios. Eu sempre olhei mais para o trabalho que para mim. A mais importante foi o premio da ABT em que apareço na revista italiana NOI. Eu com um sorriso largo: sempre soube me divertir como ninguém! Claro quando queria.

Agora, tudo isso esta guardado dentro de mim. Lembro de fotos tiradas na praia quando criança que não as tenho. Poucas viagens que fiz e sem registros, mas não porque não foram feitos, mas porque eu preferi perde-las. Mas vou arrumar minha nova casa e enche-la de lembranças-fisicas e registradas. E começo junto com recomeço.

To indo juntar meu tesouro pra na próxima mudança ter o prazer de embalar varias caixas de papelão. Mesmo que esteja enterrado e semi esquecido.

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