Tuesday, November 28, 2006

Não façam isso em casa

Eu adoraria ter a certeza de querer que 2007 chegasse logo. Eu queria viver e ttrabalhar já pensando em 2007 e como o ano atual vai ficar pra trás, um ano que eu não sei dizer se foi bom ou foi ruim.

Para 2007, gostaria de ter forças e já resevar todos os tipos de mudança, externas e internas - eu até já comecei a comer saladas de frutas no café da manhã, mas isso certamente não resolve meus problemas – só me engano mais um pouco.

Eu adoraria estar com o coração cheio de esperanças e reservar promessas pessoais de aperfeiçoamento, reservar mais compreensão e paciência, mais sabedoria, tanta coisa a mais... Mais dinheiro, sim, isso eu também quero, mais presentes para mim mesmo e não só pros outros.

Adoraria que meu coração neste momento – ainda no ano velho - vislumbrasse 2007, queria já desejar o o reveillon, os amigos se abraçando e esperança renovada. Estou seco de esperança e suado da inércia. Não é justo desejar outro dia que não seja hoje. É errado. Eu não quero desejar viver para 2007, mas parece que a escolha não é minha. Eu vivo treinando o agora para ser melhor amanhã, entende? 2007 tem a porcaria do Pan, e mesmo assim 2007 será um ano melhor do que este.
Acho que já sei. Eu não gostei de 2006.

Friday, November 24, 2006

A diferença

Já disse e repeti que sentar na mesma cadeira durante anos e anos me incomoda. É que eu estou, inadmissivelmente, absolutamente cercado de pessoas assim, que há muito desistiram de realizar sonhos e de alcançar outros patamares de existência. Entenderam, apenas, que prosperar é ser cruel dia a dia, e-mail a e-mail, relatório a relatório. Porque se contentaram com salário e décimo terceiro e férias de trinta dias.

Tão triste que me faz rezar todos os dias pra que papai do céu me livre da acomodação. Quero ser um eterno incomodado! Um eterno reclamão, cutucando com cara curta o vespeiro mais próximo. Eu rezo pra deus: "por favor, não deixe que eu fique como eles..." e dá quase pra ouvir a voz do deus respondendo: "Só depende de você, guri". Eu ouviria, se acreditasse nele e tivesse certeza de que ele é brasileiro e nasceu no sul. E que me chamaria de guri.O ano chega ao fim e eu concluo que muito coisa não basta apenas existir, tem que se extrapolar, superar a si mesmo.

Não basta fazer o seu, tem que mostrar a que veio. Não basta amar alguém, tem que ter afinidade. Não basta, não basta... tem sempre um porém, um motivo além, que faz com que a gente continue pensando em frente. Ainda bem. Se eu acreditasse em deus, ele diria, sem tirar a boca do canudo do chimarrão: "Tolinho, isso tudo é calculado"; e então colocaria mais uma pedra na minha frente pra que eu, bravamente, contornasse e seguisse o meu caminho.

E tudo isso tem me cansado... Mas isso é outra história.